O dólar fechou a quarta-feira (3) em queda, cotado a R$ 5,56, numa queda de 1,71%. No dia anterior, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 5,70 durante o pregão e encerrou a terça-feira custa R$ 5,66. A "trégua" é resultado de um dia que começou sob influência de sinais mais positivos de controle da inflação nos Estados Unidos e do silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, culminando com uma declaração sobre o compromisso do governo com a meta fiscal.
Durante o lançamento do Plano Safra para a agricultura familiar, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lula se pronunciou e aproveitou para dizer que "manterá à risca" a responsabilidade fiscal.
— Aqui, nesse governo, a gente aplica o dinheiro que é necessário, a gente gasta com educação e saúde, no que é necessário. Mas a gente não joga dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso desse governo desde 2003, e a gente manterá à risca.
Na terça-feira (2), Lula conturbou o mercado ao afirmar que há um "jogo de interesse especulativo" contra o real e que o governo avaliava medidas. Isso levou à terceira alta consecutiva do dólar. Em 27 de junho, custava R$ 5,50. Desde então, a moeda já tinha avançado 16 centavos.