As empresas Petz e a Cobasi, gigantes do mercado pet, chegaram a um acordo para unir seus negócios em uma fusão. O acordo, formalizado por meio de um memorando está prestes a ser anunciado publicamente.
A proposta já havia sido aprovada em reunião do conselho de administração da última segunda-feira (15), segundo ata da reunião divulgada nesta sexta-feira (19) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O memorando também determina que a Petz e a Cobasi se comprometem a negociar de forma exclusiva visando a conclusão da operação, se abstendo de tratar com terceiros quaisquer transações similares à operação. Elas prometem trazer racionalidade aos preços no mercado com a fusão.
A nova entidade conta com um faturamento combinado de R$ 6,9 bilhões (R$ 3,8 bi da Petz e R$ 3,1 bi da Cobasi), 483 lojas (249 da Petz e 234 da Cobasi) e um EBITDA (lucro da empresa antes de juros, impostos depreciação e amortização) de R$ 464 milhões (R$ 267 milhões da Petz e R$ 197 milhões da Cobasi), além de um caixa líquido de R$ 209 milhões, visto que a Petz tem uma dívida líquida de R$ 23 milhões e a Cobasi, um caixa líquido de R$ 232 milhões.
Essa fusão também resultará em sinergias substanciais, incluindo, otimização do plano de expansão, eficiência operacional e redução de despesas administrativas.
A avaliação da transação atribui à Petz um preço por ação de R$ 7,10, o que avalia a empresa em cerca de R$ 3,3 bilhões. Enquanto isso, a Cobasi foi avaliada com um valor de mercado de R$ 2,1 bilhões.
Como parte do acordo, a Cobasi realizará um pagamento em dinheiro de R$ 450 milhões aos acionistas da Petz, financiado por uma injeção de capital primário pré-transação realizada pela família Nassar e pelo Kinea.
Após a fusão, os acionistas da Petz terão 50% da participação na empresa combinada, enquanto os da Cobasi terão os outros 50%. O acordo também inclui uma mudança na estrutura de governança, com Paulo Nassar assumindo o cargo de CEO e Sérgio Zimerman atuando como presidente do conselho.
A consumação da operação está sujeita à negociação e à celebração dos documentos definitivos, ao cumprimento de determinadas condições precedentes, tais como a aprovação da pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e à realização de diligências legal, operacional, contábil e financeira.
A companhia engajou como assessor financeiro o Itaú BBA e como assessor jurídico o escritório Lefosse Advogados. A Cobasi engajou como assessor financeiro o Morgan Stanley e como assessor jurídico o escritório Pinheiro Neto Advogados.