As bancadas gaúchas do PT e do PCdoB encaminham junto aos governos federal e estadual duas propostas de criação de linhas de crédito especial para atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul. O primeiro pedido foi entregue ao presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, na visita de comitiva ao Estado, no último domingo (10). Nos mesmos moldes, uma segunda proposta foi protocolada nesta terça-feira (12) na Assembleia gaúcha para solicitação de amparo estadual.
A proposta é de que o recurso seja destinado a pessoas físicas, profissionais autônomos, agricultores familiares, microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas, cooperativas e economia solidária de municípios que declararem situação de emergência ou de calamidade, homologada pelo Estado e reconhecida pela União.
Segundo o deputado Pepe Vargas (PT), a solicitação é para que os governos criem linhas com prazos mais alongados de pagamento e juro subsidiado para a reconstrução econômica da região afetada. O crédito seria destinado a empresas de todos os setores.
Conforme o documento entregue ao vice-presidente, caberia ao governo federal bancar a equalização dos juros e os custos do Fundo Garantidor. A medida permitiria alavancar volume de crédito junto ao setor financeiro oficial e cooperativas de crédito.
Na segunda-feira (11), a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), representando o setor produtivo, também encaminhou semelhante ao governo do Estado, solicitando auxílio financeiro às empresas afetadas pelas chuvas.
— Tanto o governo federal quanto o governador Eduardo Leite já ouviram a demanda e a nossa expectativa é de que as duas esferas atendam aos pedidos — diz Vargas.
O tamanho do prejuízo econômico ainda não pôde ser mensurado em valores, dada a dimensão do impacto nas regiões atingidas. Mas é de séria preocupação, já que muitas empresas e indústrias tiveram perdas substanciais que podem resultar em fechamento e demissões.