O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação do país, ficou em 0,84% fevereiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, o IPCA teve avanço de 0,53%.
No ano, a inflação acumula alta de 1,37% e, nos últimos 12 meses, de 5,6% — abaixo dos 5,77% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2022, a variação havia sido de 1,01%.
Segundo o IBGE, o grupo educação foi o destaque no índice do mês passado, sendo responsável pelo maior impacto (0,35 pontos percentuais) e tendo a maior variação (6,28%). Conforme o instituto, é a taxa mais alta desde fevereiro de 2004, quando teve variação de 6,7%.
Em seguida, vieram saúde e cuidados pessoais (1,26%) e habitação (0,82%), que aceleraram em relação a janeiro. Por outro lado, transportes (0,37%) e alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior.
— Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados nesse mês. Normalmente, essa alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior — explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Alimentação
O resultado do grupo alimentação e bebidas sofreu influência da desaceleração da alimentação no domicílio, que passou de 0,6% em janeiro para 0,04% em fevereiro.
Houve queda mais intensa nos preços das carnes (-1,22%) e foram registrados recuos nos preços da batata-inglesa (-11,57%) e do tomate (-9,81%), que haviam tido altas no mês anterior (14,14% e 3,89%, respectivamente).
No sentido oposto, o destaque foi o leite longa vida (4,62%), cujos preços voltaram a subir após seis meses seguidos de quedas.