O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), anunciou nesta quarta-feira (18) que pretende entregar até abril obras em 861 quilômetros de rodovias federais, seja para construção, revitalização ou implemento de sinalizações. Ele também prevê a construção ou revitalização de 72 pontes e viadutos, além da retomada de obras em 670 quilômetros de estradas.
Dentro desse número, serão 572 quilômetros revitalizados, 92 construídos, atenção para seis de segmentos críticos, além da construção de uma ponte. Os números foram apresentados dentro do plano dos cem primeiros dias de trabalho do Ministério.
Como exemplo de rodovias que receberão esse tipo de investimento, Renan Filho apontou: BR-364 (AC); BR-381 (MG), onde também haverá licitação; BR-163 (PR); BR-470 (SC); a BR-116 (BA) e BR-101 (AL).
Para essas e outras obras planejadas para o primeiro quadrimestre de 2023, segundo o ministro, haverá a maior capacidade de execução financeira da pasta dos últimos cinco anos, na ordem de R$ 1,7 bilhão.
Licitações
Renan Filho afirmou ainda nesta quarta-feira que, até abril, tem expectativa de fazer licitações em 17,3 mil quilômetros de rodovias, fechar contratações em oito mil, além de assinar novas ordens de serviço para 2,7 mil quilômetros de estradas federais. Ainda prevê a elaboração de novos projetos para 1,4 mil quilômetros de rodovias.
Os números também foram divulgados na coletiva para apresentar o plano de trabalho para os cem primeiros dias da pasta, que terá em 2023 orçamento discricionário da ordem de R$ 18,8 bilhões, além de R$ 2,7 bilhões em restos a pagar autorizados no ano passado.
PPI e PAC
No anúncio, o ministro também destacou a articulação com o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e com a Casa Civil para definição das obras que ganharão atenção no novo Programa de Aceleração de Investimentos (PAC), que, segundo Renan Filho, irá se dedicar aos empreendimentos estruturantes.
— O mais importante da reunião de ontem que tivemos com a Casa Civil e com as pessoas que serão responsáveis pelo PAC é que vamos priorizar as ações estruturantes e obras estruturantes para o país. O governo tem interesse em fortalecer o uso de recursos existentes para obras estruturantes, duplicações de rodovias, integrações ferroviárias para competitividade da economia. Essa é abordagem que já foi feita no PAC em outro momento e vai retomar o interesse do governo é priorizar obras estruturantes — completou, ressaltando que, em 2023, além da retomada de investimentos públicos, o governo quer "reordenar" o planejamento para os quatro anos.