A prévia da inflação de setembro registrou recuo de 0,37%. É a segunda queda seguida no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior influência no resultado foi o preço dos combustíveis, com destaque, em especial, para a redução no preço da gasolina.
Já o IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, teve queda de 0,97%. No acumulado do ano, no entanto, o IPCA-15 avançou 4,63%, mas nos últimos 12 meses desacelerou para 7,96% — abaixo dos 9,6% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Conforme o indicador, mesmo com a deflação, apenas três grupos de produtos e serviços entre os nove pesquisados apresentaram queda em setembro: além dos Transportes, Comunicação (-2,74%) e Alimentação e bebidas (-0,47%) apresentaram recuo.
Nas regiões
Das 11 áreas pesquisadas, nove registraram deflação em setembro. Conforme o indicador, a maior foi em Recife (-0,93%), impactada pela queda nos preços da gasolina (-13,85%).
Belém apresentou o maior aumento (0,5%), influenciado pela alta da energia elétrica residencial (10,52%).
Prévia da inflação
Segundo o IBGE, a diferença entre o IPCA-15 e o IPCA, que é o indicador da inflação oficial do país, está somente no período de coleta e na abrangência geográfica. Para o cálculo do IPCA-15 de setembro, os preços foram coletados no período de 13 de agosto a 14 de setembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de julho a 12 de agosto de 2022 (base).
"O IPCA-15 refere-se a famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia", explica o IBGE.