O dólar bateu um novo recorde nesta terça-feira (6) frente ao euro, impulsionado pela resistência da inflação nos Estados Unidos, que prevê a continuidade do ajuste para cima das taxas básicas de juros pelo Federal Reserve (o Fed, banco central norte-americano).
Por volta das 16h15min (em Brasília), a moeda americana era cotada 0,21% acima da divisa europeia. Já o euro era negociado a US$ 0,9906, embora antes tenha chegado a valer US$ 0,9864, um nível visto pela primeira vez desde dezembro de 2002.
No caso do euro e do dólar, o peso da crise energética na Europa - que desde a sexta-feira (2) se agravou pelo anúncio do adiamento sem data prevista para a reabertura do gasoduto Nord Stream 1 - lastreia a moeda única do bloco.
Para os economistas da Pantheon Macroeconomics, a queda do euro frente ao dólar "será motivo de inquietação" para o Banco Central Europeu (BCE) por sua capacidade de agravar a inflação na zona do euro, já historicamente alta.
Isso poderia levar o BCE a jogar "forte" na quinta-feira (8), durante a reunião de seu conselho de governadores, e elevar em 0,75 ponto percentual sua taxa básica de juros, algo inédito, segundo esses especialistas.
Enquanto isso, o dólar também avançou frente à moeda do Japão. A divisa americana era cotada a 143,07 ienes, nível sem precedentes desde agosto de 1998.