O Ministério da Economia manteve a projeção de crescimento econômico para 2022 em 1,5%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19). A projeção anterior havia sido divulgada em março de 2022.
De acordo com o boletim macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a pasta também manteve as projeções de crescimento da economia de 2023, 2024, 2025 e 2026, todas em 2,50%.
"Desde março, em linha com as projeções da SPE, pode-se notar uma revisão altista das expectativas de mercado para a atividade econômica", afirmou o documento.
Os dados servem de base para a elaboração do relatório bimestral de receitas e despesas, que será divulgado nesta sexta-feira (20).
O documento destaca que a melhora no desempenho do PIB brasileiro tem ocorrido pela retomada no setor de serviços e ampliação dos investimentos, o que se reflete na recuperação do mercado de trabalho.
"Os riscos externos devem ser monitorados, sobretudo a guerra na Ucrânia e seus impactos nas cadeias globais de valor", completou a SPE.
Para Guedes, pode haver surpresas positivas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (19) que surpresas positivas ao longo do de 2022 podem impulsionar o crescimento econômico, estimado em 1,5% pela Secretaria de Política Econômica (SPE). Segundo Guedes, os dados sobre o nível de atividade confirmam as expectativas do governo de que o Brasil continua em recuperação.
— As previsões de crescimento do mercado estão sendo revistas e convergindo para a nossa expectativa de 1,5%. Ainda acho que podemos ter surpresas positivas ao longo do ano — disse.
O ministro também afirmou que o desempenho fiscal do país é forte e melhor do que o registrado pelos demais países.
— O Brasil está com desempenho fiscal muito forte e melhor do que todos os países lá de fora. A federação brasileira se recupera, todos juntos — comentou.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Pedro Calhman, afirmou que a expansão do setor de serviços reforça as apostas do governo de que o PIB terá um crescimento de 1,5% em 2022.
Segundo ele, os investimentos também devem impulsionar a geração de riquezas no país.
— O crescimento do setor de serviços é um dos fatores que impulsionam crescimento econômico. Os investimentos também impulsionam o crescimento — disse.
O Boletim MacroFiscal informou que a retomada da atividade no setor de serviços tem possibilitado a ampliação dos postos de trabalho, proporcionando tempestiva redução da taxa de desemprego.