O desemprego caiu 0,7 ponto percentual no trimestre encerrado em abril, na comparação com o trimestre anterior, e 4,3 pontos percentuais na comparação anual, fechando o período em 10,5%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o instituto, esta é a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando a desocupação ficou em 8,1%.
O número de pessoas ocupadas chegou ao recorde histórico de 96,5 milhões, a maior taxa da série iniciada em 2012, com um aumento de 1,1% na comparação trimestral — alta de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9 milhões no ano.
Já a população desocupada foi estimada em 11,3 milhões de pessoas, uma queda de 25,3% no ano.
Rendimento
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, o aumento da ocupação não se refletiu no rendimento médio do trabalhador, que caiu 7,9% na comparação anual, ficando em R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril.
— Embora tenha havido crescimento da formalidade, não foi observada expansão do rendimento médio real do emprego com carteira assinada no setor privado. Além disso, houve queda no rendimento do setor público — disse.
A massa de rendimento real habitual somou R$ 242,9 bilhões, ficando estável na comparação anual.
Desalento
O Brasil registrou 4,451 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em abril, segundo os dados da Pnad Contínua. O resultado significa 303 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em janeiro, um recuo de 6,4%.
Em um ano, 1,451 milhão de pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 24,6%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade — e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.