A Petrobras informou que recebeu, nesta segunda-feira (28), o ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) e que, em data futura, deliberará sobre a indicação de Adriano Pires de Andrade para a presidência da empresa. Segundo o documento, a próxima assembleia-geral ordinária de acionistas - que deverá acontecer em 13 de abril - avaliará duas substituições para a eleição de membros do conselho de administração.
Graduado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII, Adriano Pires já foi superintendente de Abastecimento e superintendente de Importação e Exportação de Petróleo da Agência Nacional do Petróleo.
Ainda nesta segunda-feira, opresidente Jair Bolsonaro decidiu demitir Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras. Essa é a segunda vez que o chefe do Executivo muda o comando da estatal. No dia 10 de março, diante do aumento na cotação do petróleo no mercado internacional, reflexo da guerra na Ucrânia, a Petrobras anunciou reajuste de 18,8% para a gasolina e de 24,9% para o diesel.
No dia seguinte, o Congresso aprovou e Bolsonaro sancionou um projeto que faz alterações na tributação sobre os combustíveis para tentar aliviar a alta de preços. Para Bolsonaro, o impacto da aprovação do projeto foi "mitigado" porque a Petrobras fez o anúncio do mega-aumento antes.