O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação oficial do país, fechou em 1,14% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do maior resultado para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, e o maior da série histórica desde fevereiro de 2016 (quando ficou em 1,42%).
No ano, o indicador acumula alta de 7,02%, e nos últimos 12 meses já ultrapassa os dois dígitos — chegando a 10,05%.
Gasolina e energia elétrica foram os itens que, individualmente, tiveram o maior impacto no IPCA-15. Por grupos, as maiores influências vieram de transportes, com alta de 2,22%; alimentação e bebidas (1,27%); e habitação (1,55%).
Nos transportes, a alta dos combustíveis (3%) veio acima da registrada em agosto (2,02%). A gasolina, por exemplo, subiu 2,85% e acumula aumento de 39,05% nos últimos 12 meses.
Os demais combustíveis também apresentaram altas: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%). No grupo, o IBGE destaca ainda o avanço nos preços das passagens aéreas, que subiram 28,76% em setembro, exercendo o terceiro maior impacto no IPCA-15 do mês.
Educação foi o único grupo de despesas com deflação (queda de preços): -0,01%.