O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta segunda-feira (1º) que está "quase tudo certo" para o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial. Bolsonaro esteve reunido no domingo (28) com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, a fim de discutir, entre outros assuntos, a prorrogação do benefício bem como a tramitação da PEC Emergencial e a situação da pandemia da covid-19.
— O auxílio emergencial movimenta a economia local. Está quase tudo certo, teve uma reunião de três horas ontem a noite aqui — citou Bolsonaro para apoiadores, no período da manhã desta segunda-feira, na saída do Palácio da Alvorada.
Segundo Bolsonaro, o novo valor do auxílio, acordado em R$ 250 por quatro meses, está "acima da média do Bolsa Família, que é de R$ 190".
— Alguns reclamam: "É muito pouco". Meu Deus do céu, alguém sabe quanto custa isso para todos vocês brasileiros? O nome é "auxílio", não é aposentadoria — afirmou o presidente.
— Eu tenho falado isso: é endividamento. Não tenho dinheiro no cofre não. É endividamento — completou.
Sobre o encontro do domingo, que ocorreu fora da agenda, Bolsonaro prometeu "colocar em prática a partir de hoje" as definições debatidas. Além de Guedes e dos representantes do Legislativo, a reunião contou ainda com a presença dos ministros Eduardo Pazuello (Saúde), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Braga Netto (Casa Civil).
— Durou quase três horas, vários assuntos tratados, vamos colocar em prática a partir de hoje — disse Bolsonaro sobre o encontro. Nas redes sociais, Bolsonaro publicou no domingo a foto da reunião e citou ter tratado sobre "vacina, auxílio emergencial, PEC Emergencial, emprego, e a situação da pandemia".
A PEC Emergencial, formulada para destravar o auxílio emergencial, está prevista para ser votada na próxima quarta-feira (3), mas ainda não há, contudo, acordo entre os líderes partidários.
A proposta é uma das condições da equipe econômica para o pagamento de novas parcelas do benefício. O texto inclui medidas de corte de despesas para serem acionadas no futuro, os chamados gatilhos. Há no Congresso, contudo, um movimento para aprovar a PEC apenas com o auxílio, sem as medidas de contrapartida.