A produção industrial subiu 1,1% em outubro na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (2). O resultado veio dentro das expectativas de analistas, que esperavam uma alta desde 0,40% a 2,50%, mas ficou abaixo da mediana, de 1,40%.
Em relação a outubro de 2019, a produção subiu 0,3%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de queda de 1,1% a elevação de 3,5%, com mediana positiva de 1,1%. A indústria acumula queda de 6,3% no ano de 2020. Em 12 meses, a produção soma recuo de 5,6%.
Ainda de acordo com o IBGE, a produção da indústria de bens de capital (que produz equipamentos, por exemplo) cresceu 7% em outubro ante setembro. Na comparação com outubro de 2019, o indicador avançou 2,1%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física (PIM-PF). No acumulado em 12 meses, houve redução de 13,9% na produção de bens de capital.
Em relação aos bens de consumo (os produtos que chegam ao mercado), a produção registrou alta de 0,7% na passagem de setembro para outubro. Na comparação com mesmo mês de 2019, houve redução de 4,5%. No acumulado em 12 meses, a produção de bens de consumo diminuiu 9,1%.
Na categoria de bens de consumo duráveis (como eletrodomésticos e automóveis), a produção aumentou 1,4% em outubro ante setembro. Em relação a outubro de 2019, houve queda de 8,3%. Em 12 meses, a produção diminuiu 20,7%.
Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve redução de 0,1% na produção em outubro ante setembro. Na comparação com outubro do ano anterior, a produção caiu 3,4%. A taxa em 12 meses ficou negativa em 5,8%.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 0,2% em outubro ante setembro. Em relação a outubro do ano passado, houve uma alta de 3,2%. No acumulado em 12 meses, os bens intermediários tiveram redução de 2,4%.
O índice de média móvel trimestral da indústria registrou elevação de 2,4% em outubro.
O revisou o resultado da produção industrial em setembro ante agosto, de 2,6% para 2,8%. A taxa de agosto ante julho passou de 3,6% para 3,4%.
Na categoria de bens de capital, a taxa de setembro ante agosto foi revista de 7% para 8,3%, enquanto a de agosto ante julho saiu de 4,7% para 5,5%. O resultado de bens intermediários em setembro ante agosto foi revisado de 1,3% para 1,2%.
O desempenho dos bens de consumos duráveis em setembro ante agosto passou de 10,7% para 9,1%, enquanto a taxa de agosto ante julho saiu de 11% para 9,7%.