Após pedir demissão do cargo de secretário de desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar justificou a saída da pasta chefiada pelo ministro Paulo Guedes. Em artigo publicado no portal Brazil Jornal nesta quarta-feira (12), Mattar afirmou que o serviço público e a iniciativa privada "deveriam se complementar mas, ao contrário, competem entre si".
"No mundo dos negócios a orientação é mudar para melhorar, no governo é permanecer as coisas como são para manter do jeito que estão", afirma. "Como pretendíamos fazer uma transformação do Estado, éramos vistos como novatos que não conheciam o governo e como as coisas funcionam", completa.
Mattar citou dificuldades de executar projetos das secretarias. Segundo ele, "a tese liberal de reduzir o tamanho do Estado para desonerar o cidadão é aplaudida mas pouco apoiada".
Na última terça-feira (11), Guedes, anunciou que Mattar e o secretário Paulo Uebel (Desburocratização) pediram demissão. Salim era o responsável pelas privatizações e Uebel pela reforma administrativa. O anúncio foi feito ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
— Se me perguntarem se houve uma debandada hoje houve — afirmou o ministro ao explicar que a resposta às saídas será o avanço das reformas.