Equipes dos Correios realizarão, neste sábado (22) e no domingo (23), um mutirão de entregas por todo o país. De acordo com a empresa, a expectativa da força-tarefa é entregar encomendas em um volume quatro vezes maior em relação aos índices registrados nos fins de semana.
A iniciativa, segundo os Correios, faz parte do plano de contingência da empresa, que visa minimizar os impactos à população diante da paralisação parcial do efetivo.
As agências permanecem abertas de segunda a sexta-feira. Serviços e produtos, como o SEDEX e o PAC, continuam sendo postados e entregues. No entanto, serviços com hora marcada estão permanentemente suspensos. A medida entrou em vigor desde o anúncio da pandemia. Algumas unidades de atendimento poderão sofrer alterações em seu funcionamento.
Colaboradores afastados durante a pandemia
Desde o início da pandemia no país, a empresa reduziu a equipe para diminuir os riscos de contágio pelo coronavírus. Funcionários que se enquadram nos grupos de risco da covid-19 seguem em teletrabalho — com isso, houve diminuição no contingente de servidores na linha de frente do serviço, formada por carteiros.
A greve
Na segunda-feira (17), o Sindicado dos Trabalhadores dos Correios do Rio Grande do Sul decidiu aderir à paralisação nacional da categoria. A greve ocorre em protesto contra a retirada de direitos, a possibilidade de privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados durante a pandemia, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect).
A empresa afirma que os direitos dos colaboradores estão preservados. De acordo com comunicado, a proposta promove apenas adequações aos benefícios que "extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal àquilo praticado no mercado".
Ainda segundo os Correios, a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção sugeridas na proposta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. "As reivindicações das federações representativas do empregados, por sua vez, custariam quase R$ 1 bilhão à estatal — dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida".