A retomada gradual das atividades em meio à pandemia do coronavírus fez a produção industrial do Brasil esboçar recuperação em maio, o terceiro mês com medidas de distanciamento social decretadas em todo o país para conter o avanço da covid-19.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor se recuperou 7% na comparação com abril, quando havia caído 18,8%, indicando que o fundo do poço já ficou para trás. Em março, o recuo tinha sido de 9,2%.
Na comparação com maio do ano passado, porém, ainda é possível ver como os efeitos econômicos ainda são sentidos, com recuo de 21,9%. É o sétimo resultado negativo nessa base de análise.
O registro negativo de abril havia superado até a queda de 11% de maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. Porém, aquela produção foi reposta no mês seguinte, algo que não aconteceu agora.
O primeiro óbito conhecido de covid-19 no país ocorreu no dia 17 de março. A partir daí, com o avanço da doença, o país promoveu o distanciamento social como forma de combater a pandemia.
As medidas restritivas causaram efeitos econômicos e intensificaram o aumento do desemprego no Brasil, que chegou a 12,9% no trimestre encerrado em maio, e contribuiu para que 7,8 milhões de posto de trabalho fossem perdidos. A população ocupada teve uma queda recorde de 8,3% na comparação com o trimestre anterior.