Em meio à pandemia, 28,6 milhões de pessoas estavam com acesso restrito ao mercado de trabalho no fim de maio no país. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa lançada nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad Covid-19. O estudo analisa os impactos do coronavírus na busca por emprego e na área de saúde.
O grupo era formado por desempregados (10,9 milhões) e por trabalhadores que não conseguiram procurar vagas em razão da pandemia ou de dificuldades na economia de sua região (17,7 milhões). Ao longo do mês passado, o IBGE contatou, por telefone, 193 mil domicílios no país.
Segundo o instituto, o número de desempregados no Brasil teve acréscimo de 1,058 milhão de pessoas em maio. Passou de 9,8 milhões de pessoas, entre os dias 3 e 9, para 10,9 milhões, entre 24 e 30. Ou seja, o número de trabalhadores em busca de emprego aumentou em 10,8% no período de quatro semanas.
Para o IBGE, uma pessoa desempregada é aquela que procura oportunidades, mas não encontra vagas disponíveis. Se ela passar a exercer atividades informais, como os populares bicos, deixa de integrar o contingente de desocupados.
A instituição também informou que a população ocupada foi de 84,4 milhões na semana de 24 a 30 de maio. Na comparação com o início do mês, quando era de 83,9 milhões, houve variação positiva de 0,6%.
Já a taxa de desemprego subiu de 10,5% para 11,4% no período. Esse indicador mede o percentual de desocupados sobre a força de trabalho no país.