O presidente do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes, afirmou nesta quinta-feira (2) que governadores e prefeitos estão oferecendo esmolas à população, em referência aos auxílios econômicos desses entes à população em meio à crise do coronavírus.
— Governadores e prefeitos impedem a atividade econômica e oferecem esmolas, com o dinheiro alheio, em troca — disse ao Estadão. — Esmolas atenuam o problema, mas não o resolvem. E pessoas querem viver de seu esforço próprio — acrescentou.
A afirmação foi feita após o questionamento da reportagem do Estadão sobre a mensagem que Novaes havia encaminhado mais cedo por Whatsapp com a frase "Caiam na real", acompanhada do vídeo postado no Twitter do presidente Jair Bolsonaro. Na publicação, o chefe do Executivo brasileiro mostrava o apelo de uma apoiadora pela reabertura do comércio no país, e afirmava que não queria "dinheiro do governo", mas trabalho.
O presidente do Banco do Brasil também afirmou que, depois que se monta um "grande Estado assistencialista", fica difícil desmontá-lo.
— Crises instigam os piores instintos intervencionistas e estatizantes. Não podemos deixar que esta crise médica, por mais séria que seja, destrua as bases de nossa sociedade — ressaltou.
Na quarta-feira (1), o presidente da República sancionou a lei aprovada no Senado e na Câmara dos Deputados que garante o auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas de baixa renda. O benefício deve ser pago a partir do dia 16 de abril, de acordo com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, com prioridade para beneficiários do Bolsa Família. Depois, informais no Cadastro Único, microempreendedores individuais e informais que não estão no Cadastro Único.