- Por causa dos efeitos econômicos da covid-19, o governo federal lançou o pagamento de um benefício temporário de R$ 600 a trabalhadores informais, MEIs e beneficiários do Bolsa Família
- Os pagamentos começaram em 9 de abril, 22 dias depois do anúncio de lançamento do plano feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes
- Até esta quarta-feira, foram pagos auxílios a 4,9 milhões de brasileiros, somando R$ 3,2 bilhões
Era 18 de março quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo federal criaria um auxílio emergencial a trabalhadores informais impactados pela pandemia de coronavírus. Inicialmente, o valor seria de R$ 200 mensais. Desde então, o benefício sofreu uma série de alterações na sua formatação e levou 22 dias até começar a ser pago, sendo fixado em R$ 600. A primeira de três parcelas só passou a ser depositada em 9 de abril, atingindo 2,5 milhões de pessoas registradas no Cadastro Único.
Nesta semana, a Caixa deve efetuar o pagamento para mais 9,4 milhões de pessoas incluídas no Cadastro Único e no Bolsa Família. Também é analisada a liberação de um lote para pessoas cadastradas pelo aplicativo e pelo site, com pagamento a partir de quinta-feira (16). A meta é fornecer a renda temporária a 54 milhões de brasileiros.
Confira a linha do tempo da criação do benefício:
18 de março - O ministro da Economia, Paulo Guedes, anuncia que o governo federal pretende criar um auxílio de R$ 200 mensais voltado aos trabalhadores informais. Com o benefício, o objetivo seria atenuar a perda de renda de parte dos brasileiros em função da pandemia de coronavírus por três meses.
25 de março - Governo federal sinaliza que pode aumentar o benefício para R$ 300 mensais, segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.
26 de março - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), critica proposta do governo, afirmando que o valor seria insuficiente, e decide pautar projeto da oposição (PT, PSB, Rede, PCdoB, PSOL e PDT) que elevaria benefício a R$ 500 mensais. Antes da votação, o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL), afirmou que o Executivo concordou em elevar para R$ 600. O plenário vota e aprova a ajuda.
30 de março - Após passar pela Câmara, o projeto de lei que cria o auxílio de R$ 600 é votado e aprovado pelo Senado. Com isso, o texto foi encaminhado para sanção do presidente Jair Bolsonaro.
31 de março - Paulo Guedes afirma que o início do pagamento do auxílio emergencial dependeria de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A fala gera atritos entre Executivo e Legislativo. Com o aumento da pressão para pagamento do benefício, o governo recua.
1º de abril - Bolsonaro anuncia a sanção da lei que cria o auxílio emergencial.
2 de abril - Após dizer que tinha sancionado a proposta, Bolsonaro afirma que irá enviar uma medida provisória para o Congresso antes de publicar a sanção do auxílio. Ainda neste dia, o texto com a sanção é publicado no Diário Oficial da União.
7 de abril - Caixa lança site e aplicativo para receber cadastro de pessoas interessadas em receber o benefício e divulga cronograma de pagamento.
9 de abril - Primeira parcela do benefício é paga a 2,5 milhões de brasileiros incluídos no Cadastro Único.
13 de abril - Caixa anuncia cronograma para saques em dinheiro nos terminais de autoatendimento e lotéricas a partir de 27 de abril.
14 de abril - Nova etapa de pagamentos a pessoas registradas no Cadastro Único é iniciada.
15 de abril - Até esta data, 36,1 milhões de pessoas haviam se cadastrado no site e no aplicativo Auxílio Emergencial.