A aprovação da reforma da Previdência no Senado, último passo do projeto no Congresso, levou o real a se valorizar contra o dólar. A moeda americana caiu 0,98%, a R$ 4,0360 nesta quarta-feira (23), menor patamar desde 21 de agosto, quando o dólar estava a R$ 4,031.
Na terça (22), antes da aprovação do projeto ser consolidada, a moeda americana recuou 1,35% e a bolsa brasileira chegou aos 107 mil pontos pela primeira vez na história. No pregão desta quarta, o Ibovespa acompanhou o exterior e registrou leve alta de 0,15%, a 107.543, renovando o recorde.
No exterior, o viés foi misto. Índices da bolsa de Nova York tiveram altas tímidas com o início da divulgação dos balanços do terceiro trimestre. No geral, a maioria tem superado expectativas, mas relatam dificuldades relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China.
No momento, o conflito está mais ameno, com aceno de ambos os lados a favor de um acordo. Outro tranquilizador para o mercado é o vislumbre de uma resolução para o Brexit, que aguarda um novo pedido de adiamento junto à União Europeia.
Outro alívio veio do presidente Donald Trump, que anunciou nesta quarta que os Estados Unidos vão retirar sanções contra a Turquia, anunciadas depois que o país invadiu o nordeste da Síria. Com a notícia, a lira turca também se valorizou 1% frente ao dólar.
No Brasil, apesar do otimismo, o volume negociado na bolsa voltou a ficar dentro da média, com giro de R$ 17,077 bilhões.
Passada a Previdência, o mercado está confiante com as reformas preteridas pelo governo. Os próximos passos do ministro da Economia Paulo Guedes são reforma administrativa (para cortar gastos com funcionalismo público), pacto federativo (com desvinculação do Orçamento) e reforma tributária.
Nesta quarta, o presidente interino, Hamilton Mourão, comemorou a aprovação da reforma da Previdência e disse que, agora, o governo deve focar nas reformas administrativa e tributária.