O subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Vladimir Kuhl Teles, comentou nesta quinta-feira (25) as novas regras anunciadas pelo governo para saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo ele, a medida está focada "nos mais pobres".
— No saque atual, como o limite é de R$ 500, você está atingindo 100 milhões (de pessoas) e está focando nos mais pobres, que têm uma propensão a consumir mais alto — afirmou Teles em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Na quarta-feira (24), o governo federal anunciou a criação de uma nova modalidade de saque das contas do FGTS: o "Saque-Aniversário", que vai conceder ao trabalhador, a partir de 2020, a possibilidade de retirar percentual conforme o saldo disponível. E, ainda neste ano, será possível pegar até R$ 500 tanto de contas ativas quanto inativas.
Segundo Teles, o impacto do saque imediato (de até R$ 500), é projetado em 0,35% ponto percentual no PIB nos próximos 12 meses. A longo prazo, é estimado em 2,5% em 10 anos e 3 milhões de empregos gerados em 10 anos.
— É importante destacar que embora o impacto do saque imediato seja no consumo, a medida é estrutural, com impacto em médio e longo prazo. Não é de estímulo ao consumo, é estímulo à produtividade — enfatiza Teles.