Em três dias de trabalho e rodadas de negócios, a missão de investimentos ao Chile organizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) contabilizou US$ 4.250.000 (equivalente a R$ 16,483 milhões, na cotação do dia) em expectativas de negócios para os próximos 12 meses. O valor se refere ao volume de vendas acordado durante os encontros entre empresas gaúchas e chilenas durante a viagem.
Pelo menos 15 empresas do Rio Grande do Sul participaram de quase 90 reuniões de negócios previamente agendadas. Entre os setores envolvidos estão a construção civil, móveis, logística, metalmecânico, alimentos e eletroeletrônicos. A Fiergs deseja, com a missão, auxiliar no processo de internacionalização de empresas instaladas e criadas no Estado e atrair mais investimentos chilenos para o RS.
— Considero as rodadas de negócios um dos pontos mais importantes de qualquer missão. Possibilitam ao vendedor estar em contato com o comprador, cara a cara — disse o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, em entrevista sobre o balanço da viagem.
Petry destacou que o bom resultado é consequência do interesse do governo do Estado em participar, o que ajudou a mostrar união entre poder público e o setor privado em favor do desenvolvimento econômico:
— O governador, além dele, trouxe mais quatro secretários e o superintendente do porto. Eu trouxe cinco vice-presidentes da Fiergs. Eles (empresários e setor público de outros países) têm que sentir que as pessoas que vieram tem peso institucional, seja em nível de federação, seja em nível de governo.
Além de fechar negócios, no âmbito político, com a presença do governador Eduardo Leite, a missão serviu para prospectar novas oportunidades de investimentos no Rio Grande do Sul. É o caso da CMPC, maior empresa chilena no Estado, com quem Leite se reuniu para conversar sobre possibilidade de ampliação da planta.
Petry e a comitiva da Fiergs ficarão no Chile até sexta-feira.
Convênio entre Fiergs e Banco do Brasil pretende facilitar exportação
Uma medida visa facilitar a vida do empresário gaúcho que deseja exportar para o país: um convênio entre a Fiergs e o escritório do Banco do Brasil no Chile.
Quando o projeto estiver em prática, por intermédio da Fiergs, o banco disponibilizará dados exclusivos sobre o que o Chile compra, de onde vem, o valor negociado e o nome da empresa que compra determinado tipo de produto. As 50 mil indústrias sob o guarda-chuva da federação poderiam se beneficiar do convênio que, por enquanto, não tem data para ser lançado.
Na prática, a consultoria vai atalhar a pesquisa do empreendedor que deseja exportar seu produto, fornecendo um detalhamento do mercado chileno para determinado setor.