A inflação oficial brasileira permaneceu em alta em abril, fechando o mês em 0,57%, informou nesta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é inferior aos 0,75% verificados em março, mas foi o maior para o mês desde 2016.
Em abril, a inflação foi pressionada pelos preços de itens de saúde e cuidados pessoais (1,51%), transportes (0,94%) e alimentação (0,63%). As maiores altas de preço do segmento de saúde e cuidados pessoais veio dos remédios (2,25%), perfumes (6,56%) e planos de saúde (0,8%). Entre os transportes, as principais contribuições vieram das passagens aéreas (5,32%) e das tarifas de ônibus urbanos (0,74%).
No primeiro quadrimestre, a inflação soma 2,09%, também a maior variação desde 2016, quando a inflação acumulada ao fim do ano chegou a 6,29%. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,94%, o maior índice desde janeiro de 2017. A meta estabelecida pelo governo é de 4,5% no ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O último relatório Focus, do Banco Central, mostra que o mercado espera que o IPCA feche o ano em 4,04%, também em alta em relação a semanas anteriores.