Após anunciar reajuste no preço do diesel, no início da tarde desta quinta-feira (11), a Petrobras recuou à noite. O aumento médio seria de 5,7%, já a partir desta sexta (12).
Segundo o jornal O Globo, o recuo ocorreu após pedido do presidente Jair Bolsonaro. Conforme a publicação, citando "fonte a par das discussões", o governo considerou a importância do diesel para os caminhoneiros e o custo do transporte de cargas no país, além de avaliar que um aumento teria grande impacto na economia se fosse aplicado agora.
Este seria o primeiro reajuste após 20 dias sem alterações, apesar de alta nas cotações internacionais do produto durante o período. O recuou da empresa gerou críticas no mercado.
Em nota, a estatal informou que, "em consonância com sua estratégia para os reajustes dos preços do diesel divulgada em 25 de março, revisitou sua posição de hedge (proteção) e avaliou ao longo do dia, com o fechamento do mercado, que há margem para espaçar mais alguns dias o reajuste no diesel".
No fim de março, sob ameaça de nova paralisação dos caminhoneiros, o governo Jair Bolsonaro pediu à estatal mudanças em sua política de preços para o diesel, que passou a respeitar prazos mínimos de 15 dias sem reajustes.
Na nota divulgada nesta quinta, a empresa disse que "reafirma a manutenção do alinhamento com o Preço de Paridade Internacional (PPI)". A Petrobras afirmou também que não houve pedido do governo para que o preço fosse revisado.