Um tribunal distrital autorizou a Promotoria de Tóquio a prorrogar por 10 dias a detenção do executivo da Nissan Carlos Ghosn, anunciou a imprensa japonesa. Após sua detenção, os promotores tinham 48 horas para indicar o brasileiro, libertá-lo ou pedir mais 10 dias de detenção, o que acabou acontecendo.
O tribunal e a Promotoria não responderam as perguntas até o momento. O ex-CEO da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi Motors foi detido na segunda-feira (19) em Tóquio.
A Promotoria acusa o executivo de "conspirar para minimizar sua renda" em cinco ocasiões, entre junho de 2011 e junho de 2015, declarando um valor total de 4,9 bilhões de ienes (quase 37 milhões de euros), ao invés de 10 bilhões.
Um de seus colaboradores, Greg Kelly, também teve a detenção prorrogada por 10 dias, até 30 de novembro.
A justiça japonesa também examina a abertura de processos contra o grupo Nissan, sob suspeita de ter fornecido documentos financeiros inexatos às autoridades nos quais Ghosn teria dissimulado parte de sua renda.