O percentual de trabalhadores sem carteira assinada no Brasil chegou a 43% entre junho e setembro, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). De acordo com a Folha de S. Paulo, esse é o maior percentual trimestral de informalidade registrado pelo levantamento desde o fim de 2015, quando se passou a separar a população que trabalha por conta própria com e sem CNPJ.
Nesse período, foram registradas 92,6 milhões de pessoas ocupadas, das quais 39,7 milhões não tinham carteira assinada, somando empregados do setor público e privado, autônomos sem CNPJ, trabalhadores domésticos e quem trabalha em família. Já a taxa de desempregados entre junho e setembro, ficou em 11,9%, meio ponto percentual abaixo do mesmo período de 2017.
O saldo de vagas do último setembro também foi o melhor dos últimos cinco anos: 137.336 positivos entre admitidos e desligados. No entanto, a média de salário dos admitidos foi a menor dos últimos 10 meses, com R$ 1.516,89.
As razões para essa baixa nos salários são inúmeras, contudo, especialistas creditam isso, principalmente, ao perfil das vagas que estão sendo preenchidas: operacionais no setor de serviços, com salários de até 1,5 salário mínimo (pouco mais de R$ 1,4 mil). Só essa área foi responsável por 44,3% das contratações em setembro, indica o Cadastro de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged).