Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que Santa Maria gerou, em outubro, 155 postos de trabalho. Esse é o terceiro mês consecutivo de criação de empregos. Em setembro, foram 91 vagas abertas, e, em agosto, 152.
Agora, no mês de outubro, o setor de serviços fez frente às oportunidades criadas: 170. A maioria está ligada a desdobramentos na construção civil, destaca o economista e professor da Universidade Franciscana (UFN), Mateus Frozza. Isso, segundo ele, se traduz na contratação de profissionais de serviços gerais, além de eletricistas e pedreiros – puxados pela construção civil, que tem uma série de empreendimentos privados.
Um investimento que tem contribuído para esse saldo é a construção de quatro residenciais, na Rua Venâncio Aires, que ultrapassa os R$ 130 milhões. Ao todo, serão mais de 600 apartamentos entregues ao fim das obras das torres. O empreendimento que leva o nome de Espírito Santo terá, após 100% concluído, mais de 60 mil m² de área construída.
O fator negativo no mês de outubro, contudo, ficou com o comércio que contabilizou apenas 23 oportunidades criadas. O número comprova, conforme o economista, a retração do comércio na cidade “que praticamente não abriu” as tradicionais vagas temporárias de trabalho.
— Habitualmente, essas vagas temporárias são abertas entre 15 e 20 de outubro. E os dados do Caged demonstram uma estagnação, uma retração significativa e preocupante do comércio em Santa Maria — aponta Frozza.
Os dados reforçam que o comércio perdeu força. No acumulado do ano, foram mais de 400 vagas fechadas. Em contrapartida, no mesmo período (de janeiro a outubro), o setor de serviços contabiliza 800 empregos gerados.
Já em 2017, no acumulado do ano, o comércio vivia um outro momento: foram 468 vagas abertas. Também nesse mesmo período, o total acumulado de empregos criados era de 895. Agora, nestes dez meses de 2018, ficou em 388. Uma queda de mais de 40% de um ano para o outro.