O Rio Grande do Sul registrou o quinto mês consecutivo no vermelho na geração de vagas de emprego formal. O Estado abriu 88.380 vagas e fechou outras 92.408, registrando saldo negativo de - 4.028 no mês de agosto, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho na tarde desta sexta-feira (21). No ranking nacional, o Estado amargou a última posição, seguido por Sergipe (-593) e Espirito Santo (-388).
A indústria de transformação puxou o resultado negativo no Estado, registrando saldo de - 5.401. Serviços (+ 1.889) e agropecuária (+ 196) são os únicos setores com resultados positivos no período. Mesmo ficando no vermelho, a indústria de transformação é responsável pelo acumulado positivo do Estado no ano, + 20.121. A área registrou saldo de + 16.424 de janeiro a agosto.
Santa Cruz do Sul (-2.878) e Venâncio Aires (-1.480), no Vale do Rio Pardo, são os municípios com os piores saldos em agosto. Na outra ponta, Caxias do Sul (+680), na Serra, e Rio Grande (+ 243), no Sul, são as cidades com melhor colocação na diferença entre contratações e demissões.
No entendimento do presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke, o fato de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires aparecerem com o pior saldo na geração de emprego no mês é normal para o período. Schünke destacou que os dois municípios são os principais responsáveis pelo processamento do tabaco no Estado.
— Isso é sazonal. A safra de tabaco normalmente vai de meados de fevereiro até final de julho. Nesse período, tem bastante contratação de mão de obra temporária. Os desligamentos são normais após o fim do processamento. Certamente (o resultado negativo das duas cidades) é por isso — afirmou o presidente do Sinditabaco.
Nacional
No Brasil, o mercado de trabalho criou 110.431 empregos com carteira assinada em agosto. Esse é o melhor resultado para o mês desde agosto de 2013, quando foram gerados 127.648 empregos formais. O mês de agosto é o oitavo seguido com criação de empregos formais, de acordo com a série histórica com ajuste sazonal. O mês registrou o segundo melhor desempenho do ano, atrás apenas de abril, quando a economia gerou 127.134 empregos formais.