O Caminhão do Peixe, que está desativado desde 2016, deve voltar às ruas de Santa Maria no ano que vem. A previsão é da Secretaria de Desenvolvimento Rural. Conforme o titular da pasta, Rodrigo Menna Barreto, a prefeitura está em tratativas para, até o fim deste ano, viabilizar um abatedouro e, assim, comercializar o pescado junto ao Caminhão do Peixe. Ainda em 2016, o único abatedouro do município foi interditado. Isso porque, à época, o local – que ficava no distrito de Arroio do Grande – precisava da liberação do Corpo de Bombeiros para funcionar.
No ano passado, a prefeitura obteve um abatedouro junto a um piscicultor – que atendeu aos requisitos estabelecidos pelo poder público –, porém o produtor optou em não dar sequência às tratativas com o Executivo.
Agora, a Secretaria de Desenvolvimento Rural afirma estar com uma situação bem avançada: a utilização de uma área, que é de um piscicultor, para viabilizar o funcionamento do abatedouro no distrito de Santo Antão. O produtor já está com a documentação e as certificações todas liberadas e, com isso, irá assegurar o controle de qualidade e a origem do animal, atesta o secretário Menna Barreto.
Mesmo assim, a prefeitura afirma trabalhar com um plano B. Ou seja, a utilização da própria estrutura do Caminhão do Peixe para abater os pescados. O caminhão é cedido pelo governo federal à prefeitura que tem um termo de permissão de uso do veículo.
Nos últimos dez anos, a produção de peixes em Santa Maria contabiliza um crescimento expressivo, conforme a própria secretaria. Entre 2006 e 2009, a quantidade de pescado ficava na casa das 40 toneladas por ano. Atualmente, esse número é de 200 toneladas. Uma vez em funcionamento novamente, o Caminhão do Peixe deve representar em um acréscimo de 100 toneladas adicionais. Ou seja, serão 300 toneladas.
O número de produtores também aumentou. Em 2009, por exemplo, eram 50. Hoje são 150 piscicultores. Os distritos de Arroio Grande e Boca do Monte são os principais produtores do pescado.