A produção industrial brasileira cresceu 13,1% de maio para junho deste ano, maior avanço registrado desde 2002, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira (2). Com o resultado, a indústria nacional recuperou a queda de 11% registrada em maio, que havia ocorrido devido à greve dos caminhoneiros na segunda quinzena daquele mês.
Também foram observadas altas na comparação com junho de 2017 (3,5%), no acumulado do ano (2,3%) e no acumulado de 12 meses (3,2%). Na média móvel trimestral, a produção cresceu 0,5%.
De maio para junho, foram registradas altas nas quatro grandes categorias econômicas pesquisadas, com destaque para a produção de bens de consumo duráveis (34,4%) e para os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (25,6%). Já os bens de consumo semi e não duráveis tiveram alta de 15,7% e os bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo, crescimento de 7,4%
Vinte e dois dos 26 ramos industriais pesquisados apresentaram alta de maio para junho. As principais influências positivas para a indústria vieram dos veículos automotores, reboques e carrocerias (47,1%), produtos alimentícios (19,4%), bebidas (33,6%) e produtos de minerais não-metálicos (20,8%).
O setor de produtos derivados do petróleo e biocombustível manteve-se estável e apenas três atividades tiveram queda. O maior recuo veio do setor de outros equipamentos de transporte (-10,7%).