O presidente do Banrisul defendeu a legalidade e a transparência do processo de venda de ações do banco. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, Luiz Gonzaga Veras Mota ressaltou que todo o processo foi feito seguindo rigorosamente as regras estabelecidas pela própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Mota observou que a CVM, autarquia responsável por fiscalizar o mercado de capitais no Brasil, ainda não questionou o Banrisul sobre a operação.
A partir da reclamação de investidores, a CVM abriu um processo para investigar dois leilões realizados no mês passado pelo governo para vender papéis do Banrisul. No primeiro leilão, em 10 de abril, o Piratini arrecadou R$ 484,9 milhões com a venda de 26 milhões de ações preferenciais, sem direito a voto. No segundo, em 27 de abril, foram vendidos 2,9 milhões de títulos ordinários, com direito a voto, com arrecadação bruta de R$ 52,5 milhões.
A segunda operação não foi divulgada previamente e pegou parte do mercado de surpresa. O fato é questionado principalmente pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários), que alega falta de transparência na negociação.
O SindBancários entregou representações para que Ministério Público de Contas, Ministério Público do Estado e Tribunal de Contas do Estado analisem o caso.
Ouça a íntegra da entrevista: