Está cerca de R$ 2,70 mais barato o watt instalado de energia solar no Brasil. De acordo com o gerente de planejamento energético da Secretaria Estadual de Minas e Energia, Eberson Silveira, de junho de 2016 a janeiro deste ano, o preço para instalação do sistema caiu de R$ 7,80 por watt para R$ 5,21. Agora, estaria em torno de R$ 5,10, estima.
No RS, a média dos sistemas nas residências é de 5,40 quilowatts – o equivalente a investimento de R$ 27,5 mil. Em regra, observa Silveira, o consumidor que adota a opção é de classe média. Isso porque não há financiamento específico disponível, a não ser para produtores rurais.
– O crescimento pode ser grande também no setor comercial, industrial e no meio rural, devido à deficiência de energia no campo – diz Silveira, acrescentando que, neste ano, deve ser concluído um atlas para mapear o potencial da energia solar no Rio Grande do Sul, repetindo o que foi feito com a matriz eólica.
Embora seja difícil estimar até que patamar a energia solar pode chegar no Estado e no Brasil, a comparação com a Alemanha – país considerado modelo e com irradiação muito menor do que aqui – mostra que o espaço é gigantesco.
Lá, até o final de 2016, existiam 41 mil megawatts (MW) instalados. No Brasil, incluindo as usinas, a capacidade é de 1,1 mil MW, somente 0,7% da matriz energética nacional.
Em março, o Brasil apenas chegou aos 100 MW de geração distribuída (99% é solar). Levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica que, apenas nos telhados das residências brasileiras, o potencial chega a 164 mil MW, acima da capacidade atual de todas as usinas brasileiras em operação. De todas as fontes.