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Os constantes cortes de luz que ocorriam na rua onde mora no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre, fizeram o anestesista Carlos Silvestre de Ávila Zingano pensar, por mais de 10 anos, em alternativas para tornar a residência autossuficiente.
Cogitou um gerador a diesel, mas desistiu. Imaginou uma alternativa eólica, mas também não levou a ideia adiante. Até que um colega mencionou que tinha instalado painéis solares, e achou interessante a possibilidade de, ao menos, reduzir a fatura, além do lado sustentável da tecnologia.
– Sou uma pessoa consumidora desses apelos ecológicos – diz Zingano, referindo-se ao fato de ser um processo que não gera resíduos e ocupa espaço de outras fontes com impacto ambiental.
Em maio do ano passado, gastou R$ 69 mil para instalar os painéis fotovoltaicos no telhado.
– A economia tem sido de cerca de 30% na conta. Creio que em sete anos recupero o investimento – afirma Zingano, que se diz satisfeito com a iniciativa, apesar de não ter conseguido garantia de permanecer com energia quando há corte de luz.
Segundo o banco de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o anestesista tem o sistema residencial com a maior capacidade de Porto Alegre.
São 14,5 quilowatts (kW). A geração só não é maior por dois fatores. O telhado é virado para o oeste, diminuindo o aproveitamento no inverno, e é vizinho de um imenso guapuruvu, árvore que faz as placas ficarem na sombra até perto do meio-dia.
No Rio Grande do Sul, a maior potência instalada em energia solar fica no ParkShopping Canoas, inaugurado no ano passado. São 4,16 mil painéis espalhados por uma área de 18 mil metros quadrados, com capacidade para gerar 1,3 mil quilowatts (kW). As placas ocupam toda a cobertura do centro de compras do grupo Multiplan, que garante ser a maior planta fotovoltaica já construída sobre um empreendimento na América do Sul.
– Energia é o maior custo do condomínio. Entre 35% e 40% do total. A conta mensal (com a energia solar) fica 15% menor, e o benefício é dividido com os lojistas – diz o gerente de operações do shopping, Luis Vilarinho.
A projeção é de que o investimento se pague em oito anos.