As duas maiores empresas de celulose do país, Suzano e a Fibria vão se fundir, criando uma nova empresa. A informação é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que por meio da BNDESPar é acionista da Fibria, com 29,08% do capital. O negócio foi acertado em reunião na madrugada desta sexta-feira (16) com participação do BNDES.
Com a negociação, o pagamento ao BNDES será parte em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões, e ações da nova companhia, "com perspectiva de valorização", segundo o comunicado do banco de fomento.
"A operação consolida as duas maiores empresas de celulose do país, e transforma a companhia resultante na líder mundial em celulose de mercado" (produção de pasta, sem chegar aos produtos finais) usando eucalipto como matéria-prima, diz o texto. O valor total a ser pago pela Suzano à Fibria ainda não foi divulgado pela fabricante.
Ainda de acordo com o BNDES, os acionistas minoritários da Fibria receberão dinheiro e ações em mesmas condições dos controladores.
A empresa resultante da combinação de negócios seguirá de capital aberto e terá melhorias de governança, como uma política de indicação de conselheiros independentes.
O BNDESPar seguirá com participação relevante, porém minoritária. A fatia não foi informada. O banco explica ainda que a operação é inteiramente garantida por consórcio de bancos privados e que a conclusão do negócio está sujeita à aprovação de agências antitruste.
Maior produtora de celulose do mundo, a Fibria possui 1,056 milhão de hectares de florestas, das quais 633 mil hectares são de árvores de eucalipto plantadas. Uma outra parte - 364 mil hectares - é de áreas de preservação e de conservação ambiental e 59 mil hectares destinados a outros usos. A família Votorantim é dona de boa parte dessas terras e as arrenda para a Fibria.