Com a economia reaquecendo, o Rio Grande do Sul gerou 17,7 mil vagas formais em janeiro, mostrou na manhã desta sexta-feira o Ministério do Trabalho. O número é mais do que o dobro do mesmo mês de 2017, quando foram criados 8,1 mil postos e mostra o melhor resultado para o mês desde 2013 . Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Todos os principais setores tiveram desempenho acima de janeiro de 2017. Mesmo o comércio, que teve saldo negativo, não teve resultado tão ruim.
A geração de empregos foi puxada pela agropecuária, com 7,4 mil postos celetistas criados, ante 5,2 mil em janeiro do ano passado.
Como costuma acontecer no início do ano, a indústria também teve boa performance. Foram 7,3 mil postos celetistas abertos, 70% acima do primeiro mês de 2017. Nas fábricas, dos 12 segmentos analisados, apenas o de papel e papelão não ficou no azul. O setor calçadista liderou na ponta positiva, com 2,7 mil empregos novos.
Os serviços, com maior peso na economia, tiveram números quase 10 vezes superiores, com saldo positivo de 2,6 mil vagas. A construção civil, que em janeiro do ano passado criou 833 empregos formais, agora abriu 1,4 mil. Com efeitos sazonais devido ao desligamento de temporários, o comércio teve quase mil demissões a mais do que admissões. Mas, em janeiro do ano passado, o saldo ficou negativo em 2 mil. Dentro do setor, o varejo teve resultado negativo de 1,9 mil vagas, enquanto atacadistas criaram quase mil postos.
Entre os municípios, destaque para Vacaria, devido às contratações habituais da época para a colheita da maçã, o que também influenciou o resultado da agropecuária. Foram 6,3 mil empregos celetistas criados. Depois, aparece Caxias do Sul, com 1,3 mil vagas formais abertas. Porto Alegre teve saldo positivo de apenas 99 vagas. Mas, em janeiro do ano passado, foram 2 mil vagas destruídas na Capital.
Nos 71 municípios gaúchos com população acima de 30 mil habitantes analisado pelo Caged, 21 ainda tiveram saldo negativo. O pior resultado foi o de Gramado, onde foram 282 dispensas a mais do que contratações.
Os números e a variação sobre janeiro de 2017 nos principais setores
Total: 17.769 (+118%)
Indústria de transformação: 7.382 (+71%)
Construção civil: 1.429 (+71%)
Serviços: 2.675 (+812%)
Agropecuária: 7.447 (+42%)
Comércio*: -916
*Em janeiro do ano passado, saldo do setor foi de -2.101