O presidente Michel Temer prepara um decreto que poderá provocar aumento gradual no preço da gasolina, de até R$ 0,06 por litro. Segundo o o jornal Folha de S.Paulo, medida pode vir com a regulamentação do programa de biocombustíveis (RenovaBio) — que prevê a redução de poluentes em derivados de petróleo, como a gasolina, e aumento da participação de combustíveis menos nocivos ao ambiente, como o etanol.
Hoje, cada litro de gasolina tem 27% de álcool anidro. Com a medida, o índice de mistura subirá escalonadamente até 30%, em 2022, e 40%, em 2030. A equipe econômica resiste, pois considera que haverá uma perda de ao menos R$ 4 bilhões por ano com a arrecadação de tributos. Além disso, haverá uma alta de preço ao consumidor, que pressiona a inflação.
O governo aguarda, nesta semana, os cálculos finais da Fazenda para definir os índices de mistura de anidro na gasolina. A Casa Civil defende os 40%, mesma posição dos produtores rurais. Já Temer está cauteloso com a medida que, mesmo no longo prazo, acarreta alta de preços.
