O PIB do Rio Grande do Sul no terceiro trimestre de 2017 ficou estagnado na comparação com igual período do ano passado. A variação nula (0,0%) foi resultado da combinação entre alta do setor de serviços, puxado pelo comércio, com a queda da indústria e da agropecuária. Apesar de não ter sido observado resultado positivo entre julho e setembro, no acumulado do ano a atividade cresce 1,3% no Estado, mais do que o dobro do país (0,6%). Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (12) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).
O valor adicionado bruto (VAB) oscilou negativamente (-0,1%) no trimestre, enquanto os impostos subiram 0,3%.
De acordo com a FEE, o setor de serviços — com o maior peso na economia — teve crescimento de 1,6%, impulsionado pelo comércio, com avanço de 6,4%, o maior desde o primeiro trimestre de 2014. O número do varejo, avalia fundação, é resultado de maiores taxas de ocupação, melhoria na massa de rendimentos da população e maior acesso ao crédito.
Responsável por puxar a economia do Rio Grande do Sul no início do ano, a agropecuária teve resultado negativo de 6,6%, devido principalmente ao desempenho da pecuária. Esta é a época do ano em que o setor primário tem o menor peso no PIB do Estado.
Incluindo a construção civil, a indústria apresentou retração de 2,2%. Isoladamente, a indústria de transformação caiu 0,8%, interrompendo três trimestres consecutivos de crescimento. A principal influência negativa veio do segmento de papel e celulose, aponta a FEE.