O empresário gaúcho acredita que a modernização trabalhista terá impacto positivo na geração de empregos e nos investimentos, revela a Sondagem Industrial Especial RS – Reforma Trabalhista do terceiro trimestre de 2017, divulgada nesta segunda-feira (18) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). A consequência dessa atualização da legislação, segundo o levantamento, será uma maior segurança jurídica nas relações entre empresas e empregados, expectativa compartilhada por 75,2%.
_ A possibilidade de a negociação coletiva prevalecer sobre a legislação foi o principal avanço apontado pelos industriais gaúchos consultados _ diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, ao destacar também a permissão expressa de terceirizar qualquer atividade como outro item de grande relevância indicado na pesquisa.
A negociação coletiva prevalecendo sobre a legislação recebeu 65,8% das assinalações dos empresários gaúchos, enquanto a possibilidade de terceirizar teve 59,1% das respostas, seguida pelo o fim da obrigatoriedade da homologação da rescisão do contrato de trabalho no sindicato (40,3%), pela flexibilização do trabalho em tempo parcial (38,9%) e pela extinção das horas in itinere (25,8%).
A sondagem mostra também que praticamente todas as indústrias gaúchas (97%) conhecem ou pelo menos ouviram falar da reforma, e mais da metade delas (52,7%) avaliam que as mudanças devem melhorar o ambiente de trabalho das empresas.
Entre os mais de 75% dos industriais que acreditam em uma maior segurança jurídica a partir da modernização trabalhista, 31,2% entendem que ela certamente contribuirá e 44%, que provavelmente contribuirá. Apenas 14,4% não acreditam que haverá segurança jurídica: 10,4%, provavelmente, e 4%, certamente.
Além disso, na visão de 64,7% dos consultados na pesquisa, o impacto positivo das mudanças também se dará no aumento dos investimentos das empresas. Juntamente com a maior segurança jurídica e os investimentos, virá igualmente uma melhora na geração de empregos, opinião compartilhada por sete de cada 10 empresários.
A pesquisa ouviu 306 empresas, sendo 83 pequenas, 112 médias, 111 grandes, 250 da indústria de transformação e 56 da construção civil. O período de coleta foi entre 2 e 17 de outubro de 2017.