O resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre fez a Bolsa de Valores fechar no maior patamar em mais de seis anos. O Ibovespa, principal índice da B3 (novo nome da Bovespa), fechou aos 71.923 pontos. A última vez em que o indicador havia ficado acima desse nível foi em 5 de novembro de 2010, quando marcou 72.606 pontos no fechamento do pregão.
Um outro indicador que apontou o otimismo do mercado com o resultado do PIB foi o risco Brasil. O CDS (Credit Default Swap, uma espécie de seguro contra calotes) brasileiro de cinco anos recuou 1,12% ontem e fechou aos 193 pontos-base, o menor nível registrado desde que Michel Temer assumiu a presidência. O dólar, por sua vez, terminou o dia em baixa de 0,13%, cotado a R$ 3,1451.
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Os dados positivos do mercado financeiro são uma reação direta aos números do PIB, que vieram acima das expectativas do mercado.
– A grande mensagem do PIB é que chegou a primavera depois de um longo inverno. A recessão acabou e o futuro é promissor. A recuperação está se generalizando na economia, como mostram os dados de varejo, confiança, de mercado de trabalho, por exemplo – disse o economista-chefe para América Latina do BNP Paribas, Marcelo Carvalho.
Para Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, o resultado do PIB do segundo trimestre reforça a perspectiva de que a reação da economia deverá ganhar tração nos próximos meses.
– Estamos vendo os reflexos do reequilíbrio macroeconômico – afirmou.