Em meio à chance cada vez mais forte de o governo rever a meta fiscal deste ano, atualmente em déficit de R$ 139 bilhões, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu nesta terça-feira (1º) "uma solução que possa efetivamente fazer o governo funcionar". A equipe econômica elevoutributos e aumentou o corte no Orçamento a R$ 45 bilhões para assegurar o cumprimento da meta. O aperto adicional ocorre em meio às reclamações de órgãos sobre a falta de dinheiro para atividades administrativas.
– Defendo solução que possa efetivamente fazer o governo funcionar e dar estabilidade à economia brasileira – disse Jucá, que participou, na manhã desta terça, de café no Ministério da Fazenda para discutir medida provisória que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP).
Segundo ele, a questão da meta está sendo discutida pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, e não caberia ao líder do governo no Senado antecipar qualquer decisão.
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A revisão da meta terá como limite o rombo das contas do governo no ano passado, que alcançou R$ 159,5 bilhões. Isso significa uma liberdade para aumentar o déficit de 2017 em até R$ 20 bilhões.
– No momento certo, o ministro Meirelles vai se posicionar, até porque está tratando paralelamente de uma série de outras ações para que se tenha o quadro mais previsível possível – disse Jucá. – O presidente Michel (Temer) determinou à equipe econômica que construa opções para ele poder decidir efetivamente o que fazer – concluiu.
Jucá ressaltou ainda que o governo está analisando todas as variáveis, mas que não há discussão sobre novo aumento de imposto. Segundo ele, outra elevação de tributos seria a "última opção" entre os recursos do governo para solucionar o déficit.