Esperada para a tarde desta quinta-feira (10), o anúncio da mudança das metas fiscais de 2017 e 2018 ficará para a próxima segunda-feira (14). Ainda há pontos a serem fechados e o presidente pediu, durante reunião com a equipe econômica e líderes dos partidos aliados no início desta tarde, mais detalhes sobre medidas que serão tomadas.
A decisão do governo de tentar antecipar o anúncio de mudança na meta fiscal deste ano para um rombo próximo a R$ 159 bilhões demonstrou, mais uma vez, a divisão dentro da equipe econômica sobre o "timing" da medida. Integrantes do Ministério da Fazenda pregavam que era preciso aguardar os dados da arrecadação de agosto e também o resultado obtido com o programa de parcelamento de débitos tributários, o Refis, antes de qualquer definição, enquanto outra ala da área econômica defendia que, diante da situação dramática, não era possível esperar essas informações para tomar uma posição.
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A queda de braço também se dá na ala política, com ministros próximos ao presidente Michel Temer argumentando que era melhor aguardar os dados, enquanto outros defendiam que o anúncio fosse feito o mais breve possível. Um dos que defenderam que se aguardasse para revelar a mudança na meta teria sido o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Participaram da reunião os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também estavam presentes Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo no Congresso, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara dos Deputados, e deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), líder da maioria na Câmara.