O volume de recursos que os investidores sacaram da poupança em abril, já descontados os depósitos, somou R$ 1,271 bilhão, informou nesta sexta-feira (5) o Banco Central. Em abril do ano passado, houve saques líquidos de R$ 8,246 bilhões e, em março de 2017, retiradas de R$ 4,996 bilhões.
Em 2015 e 2016, a crise econômica acirrou os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na poupança para fazer frente às despesas. Em 2017, o fenômeno voltou a ocorrer.
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Em abril, de acordo com o BC, o total de aplicações foi de R$ 153,346 bilhões e o de saques, de R$ 154,617 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 661,912 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 3,778 bilhões de abril.
No acumulado de 2017, a poupança registra saques líquidos de R$ 18,673 bilhões, resultado de aportes de R$ 645,848 bilhões e retiradas de R$ 664,520 bilhões. No ano passado, em meio à crise, R$ 40,702 bilhões saíram da poupança.
Além da crise econômica, a poupança tem perdido espaço para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 11,25% ao ano.
No acumulado do ano até abril, a poupança rendeu 2,51%, enquanto o CDI - principal referência para aplicações de renda fixa - subiu 3,84% e a Bovespa teve valorização de 8,59%, conforme a consultoria Economatica. O IGPM - índice de inflação medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) - registrou taxa de -0,36% no ano até abril.
*Estadão Conteúdo