Os saques na poupança superaram os depósitos pelo terceiro mês seguido. Em março, a retirada líquida (descontados os depósitos) foi de R$ 4,996 bilhões, informou nesta quinta-feira o Banco Central (BC). A perda de recursos foi a menor para o mês de março em três anos. No mesmo mês de 2015, a retirada líquida foi de R$ 11,44 bilhões e em março 2016, de R$ 5,38 bilhões.
Nos três primeiros meses de 2017, a caderneta de poupança registrou retiradas líquidas de R$ 17,4 bilhões, perda de recursos menor que os R$ 24,05 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
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Desde o início da recessão econômica, em 2015, os investidores têm retirado dinheiro da caderneta para cobrir dívidas num cenário de queda da renda e de aumento de desemprego. Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões.
Outro fator que contribuiu para os saques foi a perda de rentabilidade da caderneta em relação a outras aplicações. Nos 12 meses terminados em março, a poupança rendeu 8,27%, contra 13,88% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).