O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de janeiro acumulou inflação de 6,65% em 12 meses. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a taxa mensal ficou em 0,64% no primeiro mês de 2017, acima da taxa de 0,54% de dezembro de 2016, mas abaixo do 1,14% de janeiro do ano passado. O IMP-M é usado no reajuste de contratos de aluguel.
A alta da taxa entre dezembro e janeiro foi provocada principalmente pelo varejo. O Índice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, subiu de 0,20% em dezembro para 0,64% em janeiro deste ano.
Leia mais
Previdência dos servidores federais tem déficit de R$ 77,1 bilhões
Mercado estima que taxa de juros chegará a 9% ao ano em 2018
De olho em investidores, governo quer antecipar megaleilão do pré-sal
Os preços no atacado também tiveram alta maior em janeiro. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que acompanha este segmento, subiu de 0,69% em dezembro para 0,70% em janeiro. O Índice Nacional de Custo da Construção caiu de 0,36% em dezembro para 0,29% em janeiro.
Dentro do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), a aceleração do grupo Bens Intermediários contribuiu para a alta mensal, ao passar de 0,53% para 1,05%. Nesse estágio de produção, a FGV destacou o subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção, cuja taxa de variação passou de -0,51% para 5,70%.
O indicador referente a Bens Finais também teve alta em janeiro, de 0,18% ante deflação de 0,26% em dezembro. Segundo a FGV, o principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos processados, que saiu de deflação de 0,15% para inflação de 0,39%.
Em contrapartida, o grupo Matérias-Primas Brutas registrou desaceleração entre dezembro e janeiro, de 1,96% para 0,91%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram soja em grão (0,38% para -4,20%), minério de ferro (17,53% para 13,08%) e aves (-0,76% para -3,73%).
Principais influências
De acordo com a FGV, entre as maiores influências individuais de alta no IPA de janeiro estão minério de ferro (mesmo com a desaceleração de 17,53% para 13,08%), óleo diesel (-2,21% para 7,62%), cana-de-açúcar (apesar de a taxa ter arrefecido de 2,14% para 1,95%), gasolina automotiva (2,05% para 3,89%) e carne bovina (-1,82% para 1,30%).
Já na lista de maiores influências de baixa estão soja em grão (0,38% para -4,20%), milho em grão (a despeito da redução na deflação de -6,17% para -4,30%), farelo de soja (-2,07% para -5,93%), feijão em grão (-6,23% para -13,98%) e aves (-0,76% para -3,73%).
Produtos agropecuários e industriais
Os preços dos produtos agropecuários no atacado medidos pelo IPA Agropecuário caíram 1,99% em janeiro após registrarem queda de 1,39% em dezembro, informou a FGV. Já os preços de produtos industriais mensurados pelo IPA Industrial aceleraram para 1,73% ante elevação de 1,52% na leitura do mês anterior.
Os preços dos bens intermediários subiram 1,05% em janeiro ante alta de 0,53% em dezembro. Já a variação dos bens finais foi positiva em 0,18% após deflação de 0,26% na mesma base de comparação. Os preços das matérias-primas brutas subiram 0,91% ante avanço de 1,96% também no mesmo intervalo de tempo.