A produção industrial brasileira subiu 0,1% em julho em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Na comparação com julho de 2015, entretanto, a produção caiu 6,6%. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Contando os primeiros sete meses de 2016, a produção da indústria acumula recuo de 8,7%. Em 12 meses, a queda é ainda maior, de 9,6%.
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Segundo o IBGE, 11 dos 24 ramos da indústria pesquisados apontaram taxas positivas, com destaque para o avanço de 2% registrado nos produtos alimentícios, após dois meses consecutivos de queda, com uma perda acumulada de 6,4% nesse período.
Outras contribuições positivas de destaque foram o crescimento da produção de indústrias extrativas (1,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (5,8%), da metalurgia (1,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,4%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,3%).
Entre os 13 ramos que reduziram a produção no mês, os desempenhos de maior relevância vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-7,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,0%), produtos do fumo (-15,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,4%) e outros produtos químicos (-3,2%). Todas essas atividades haviam apontado taxas positivas em junho.
Revisões
O IBGE revisou o dado da produção industrial do mês de junho na comparação com maio, de 1,1% para 1,3%. A produção de bens de capital também foi revista, de 2,1% para 2,3% em junho ante maio.
Indústria demonstra melhora no PIB do 2º trimestre
Na última quarta-feira, o IBGE divulgou os números relacionas ao Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2016.
Enquanto o PIB registrou queda de 0,6% entre abril e junho – influenciando pelo recuo da agropecuária e dos serviços –, a indústria teve avanço de 0,3%. Porém, na comparação com o mesmo período de 2015, o PIB do setor teve decréscimo de 3%.
A indústria teve variação negativa de 0,2% na construção. A extrativa mineral e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana cresceram, respectivamente, 0,7% e 1,1%. Já a indústria de transformação se manteve estável no trimestre.