O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira diminuiu a previsão de retração para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 em 3,18%. Na semana passada, a estimativa era de queda de 3,20%.
Para 2017 o cenário é mais favorável, com perspectiva de PIB positivo. O mercado prevê um crescimento de 1,30% no próximo ano, mesmo porcentual projetado uma semana antes. Há um mês, a estimativa estava em 1,10%.
No segundo trimestre de 2016, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro recuou 0,6% ante o primeiro trimestre do ano e teve retração de 3,8% ante o segundo trimestre de 2015. No ano, o PIB acumula baixa de 4,6% e, em 12 meses, recuo de 4,9%.
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Produção industrial
No relatório Focus divulgado nesta segunda, as estimativas para a produção industrial ainda sugerem um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 6,03% para 5,93%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial permaneceu em 0,5%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 5,95% para 2016 e alta de 0,75% para 2017. Neste ano até julho, conforme o IBGE, a queda acumulada na produção industrial é de 8,7%.
Inflação maior no final de 2016
A previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final de 2016 passou de 7,34% para 7,36%. Há um mês, a estimativa era de 7,31%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 5,12%. Há quatro semanas, apontava 5,14%.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação em agosto foi de 0,44%. Houve desaceleração ante a taxa de 0,52% de julho. Em 2016, o IPCA acumula 5,42% e, em 12 meses, a taxa subiu de 8,74% para 8,97% – ainda mais distante da meta de inflação perseguida pelo Banco Central, de 4,5% para este ano, com tolerância de até 2 pontos porcentuais. Para 2017, a meta também é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto porcentual.
Expectativa de juros segue em 13,75%
Sob influência da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e dos dados de inflação divulgados pelo IBGE, os economistas do mercado mantiveram as previsões para a taxa básica de juros em 2016 e 2017.
A mediana das expectativas para a Selic em 2016 seguiu em 13,75% ao ano. Já a taxa básica para o fim de 2017 permaneceu em 11% ao ano. Há um mês, as projeções também eram de 13,75% e 11%, respectivamente.
Na ata do Copom divulgada na última terça-feira, dia 6, o colegiado condicionou o corte de juros a três fatores que "permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação": a limitação do choque dos preços dos alimentos, a desinflação de itens do IPCA em velocidade adequada e a redução das incertezas sobre o ajuste fiscal.
Dólar mais barato
O documento divulgado na manhã desta segunda ainda indicou que a cotação do dólar estará em R$ 3,25 no encerramento de 2016, abaixo dos R$ 3,26 da projeção da semana anterior. Um mês atrás, estava em R$ 3,30. O câmbio médio de 2016 permaneceu em R$ 3,44 – um mês antes, estava em R$ 3,45.
Para o fim de 2017, a mediana para o câmbio seguiu em R$ 3,45 de uma divulgação para a outra – quatro semanas atrás estava em R$ 3,50. Já o câmbio médio de 2017 seguiu em R$ 3,38 – estava em R$ 3,41 um mês atrás.