O desemprego atingiu, em 2015, um número maior de homens e mulheres na Região Metropolitana de Porto Alegre. No entanto, a desigualdade entre ambos os sexos no mercado de trabalho diminuiu na comparação com o ano anterior e chegou ao menor patamar da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), cuja primeira média anual data de 1993. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).
O índice feminino de desocupação aumentou de 6,6% em 2014 para 9,1% em 2015. A taxa masculina de desemprego cresceu mais, passando de 5,4% para 8,4%, o que contribuiu para a aproximação entre os dois indicadores.
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Em 2015, as mulheres representavam 48,2% do total de desempregados. É a primeira vez desde 1998, conforme a pesquisa, que a maioria dos desocupados é formada por homens.
Apesar da queda na desigualdade entre os sexos, as mulheres ainda recebem salários menores do que os rendimentos dos homens na Região Metropolitana. Segundo o levantamento, a remuneração média feminina foi de R$ 1.705, e a masculina, de R$ 2.136.
O contingente de desempregados teve acréscimo de 25 mil pessoas no ano passado. A parcela feminina sem emprego foi estimada em 82 mil trabalhadoras. Esse resultado, de acordo com a FEE, está relacionado à redução da ocupação feminina (menos 7 mil postos de trabalho) e ao ingresso de 18 mil mulheres no mercado de trabalho.
Além disso, a FEE também informa que o número de trabalhadoras ocupadas caiu de 824 mil em 2014 para 817 mil em 2015. O resultado equivale a uma redução de 0,85%.
Segundo a pesquisa, a queda na ocupação feminina ocorreu no setor de comércio, enquanto a masculina também foi registrada na indústria e construção.