Anova forte queda das cotações do petróleo e os temores com a desaceleração da economia global, com a China como grande ponto de interrogação, voltaram a estressar ontem os mercados financeiros. As principais bolsas fecharam com quedas expressivas, demonstrando uma corrida dos investidores para opções consideradas mais seguras, como o dólar, e levantando dúvidas sobre se o pânico das últimas semanas é passageiro ou pode indicar uma crise mais grave.
No Brasil, o Ibovespa caiu 1,08%. No ano, a queda acumulada é de 13,16%. A ação preferencial da Petrobras, a mais negociada, fechou em baixa de quase 5%, a R$ 4,43. No sentido inverso, a moeda americana subiu 1,23%, para R$ 4,10, maior cotação desde setembro.
Para Marcos Troyjo, diretor do BRICLab na Universidade Columbia (EUA), como as principais fontes de incerteza são a China e o petróleo, as respostas para o questionamento sobre a gravidade do quadro dependerão de o barril encontrar um piso de preço e a China apresentar números fortes - e confiáveis. Outro ponto será a qualidade dos balanços das grandes empresas dos Estados Unidos, país que teve a previsão de crescimento revisada para baixo pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
- Estes são os principais moduladores de quanto essa crise pode ser efêmera ou, ao contrário, o ponto de partido para dificuldades ainda maiores - diz Troyjo, que vê, por enquanto, exagero tanto na preocupação do mercado com o avanço do PIB da China, que apesar de menor prossegue alto, quanto em relação ao impacto do Irã no mercado de petróleo.
Analista não vê risco de crise semelhante à de 2008/2009
Economia
Bovespa segue pessimismo global e fecha com queda de 1,08%
Mercados foram estremecidos pela nova queda das cotações do petróleo. No Brasil, ação da Petrobras cai quase 5%
Caio Cigana
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