Instituições financeiras aumentaram a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,62% para 3,7% em 2015, segundo dados do Boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgados na manhã desta segunda-feira. Para 2016, a estimativa de baixa foi alterada pela 11ª vez consecutiva, ao passar de 2,67% para 2,80%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos - em 1990, houve retração de 4,35%.
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O documento, que apresenta expectativas semanais, também prevê taxa de inflação mais elevada. De acordo com o boletim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano registrou a 14ª alta, ao passar de 10,61% para 10,7%. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela terceira vez consecutiva, com o ajuste de 6,8% para 6,87%.
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As duas projeções para o índice estão acima do limite superior da meta, que é de 6,5% - o centro dela é de 4,5%. O principal instrumento usado pelo BC para controlar alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic.
O Banco Central estima que a inflação só atingirá o centro da meta em 2017. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por mantê-la em 14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 10,99% para 10,82% neste ano e de 6,14% para 6,11% em 2016.
Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 10,81% para 10,72% em 2015 e foi mantida em 6,48% no próximo ano.
A projeção para a alta dos preços administrados foi mantida em 18% neste ano e em 7,50% em 2016. Já estimativa para a cotação do dólar continua em R$ 3,90 ao final deste ano e em R$ 4,20 no fim de 2016.
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