A greve dos caminhoneiros autônomos, convocada pelo Comando Nacional do Transporte e que se inicia na segunda-feira, deve ser marcada por diferentes iniciativas em cada região do país. Fábio Luis Roque, caminhoneiro de Santa Rosa e liderança do Comando Nacional do Transporte, explica que cada cidade está organizando suas ações de forma independente. Além da concentração de caminhoneiros em postos de combustível, podem ocorrer carreatas dentro dos munícipios e nas rodovias:
- Em cada local temos uma liderança que decidirá quais ações serão feitas. A paralisação não é uniforme, mas todos devem cumprir algumas diretrizes, que determinam os veículos que devem parar e aqueles que podem seguir rodando.
Caminhoneiros preparam paralisação a partir de segunda e cobram renúncia de Dilma
Integrantes do movimento dizem que a lista de reivindicações permanece a mesma apresentada em fevereiro, quando houve uma greve de caminhoneiros, mas que o objetivo deste protesto é pressionar pela renúncia da presidente Dilma Rousseff.
Conforme Roque, a recomendação que está sendo enviada a todos adeptos do movimento pelo Facebook e WhatsApp é para ficarem atentos aos caminhoneiros que estiverem insistindo em trabalhar, e convidá-los a aderir à paralisação. Algumas das exceções incluem caminhões com transporte de leite, de oxigênio e alimentação para hospitais, de lixos, além de ambulâncias e automóveis. Estes poderão rodar nas rodovias normalmente.
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- Sabemos que a maioria dos transportadores já está parado, que os caminhoneiros não estão programando sair para trabalhar amanhã (segunda). De qualquer forma, vamos nos concentrar em postos de combustíveis a partir das 6h da manhã e ficaremos de olho no movimento das rodovias.
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O chefe da Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alessandro Castro, explica que, como as ações dos grevistas não estão confirmadas, a recomendação será que os policiais fiquem atentos a possíveis bloqueios das rodovias para garantir o direito de ir e vir da população:
- Não temos como planejar nenhuma ação sem saber o que eles irão fazer, mas estamos acompanhando os movimentos e vamos tentar resolver possíveis problemas através da negociação - afirma.